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Employer Branding – Contando histórias

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Atualmente, o employer branding é a menina dos olhos para especialistas em recrutamento de todo o mundo. A tática inovadora de “vender” a imagem da empresa como potencial atrativo para novos colaboradores (e como já dissemos aqui no blog, de fidelizar quem já colabora com a casa), tem permeado as estratégias de RH de companhias das mais variadas áreas.

Por outro lado, no mundo do marketing corporativo, o que tem se destacado é o que lá fora chama “story telling”, ou “brand story telling” (algo como “contar histórias”, em tradução livre).  A estratégia visa conectar os públicos alvos com a empresa, através do compartilhamento de conteúdos, exemplos e experiências , de modo a se fazer presente na cabeça do consumidor em variados momentos do seu dia a dia.

Ambas as tendências são fruto da expansão e consolidação do paradigma da web 2.0, que possibilitou a interconexão em níveis nunca antes vistos, e  tem sido sinônimo de sucesso incontestável.  O que o leitor deve estar pensando, no entanto, é:  o que duas vertentes de áreas aparentemente distintas do mercado estão fazendo lado a lado em um mesmo texto?

Talvez os mais atentos já tenham percebido, até mesmo antes de começarem a ler esse post, que as duas coisas estão intimamente ligadas, e que a mescla delas pode garantir um enorme sucesso quando o assunto é contratar. Dentro do novo paradigma de recrutamento, potenciais empregados esperam ser tratados não como suplicantes – algo comum por aqui até bem recentemente – mas como consumidores. Afinal, sua vaga, empregador, é um produto, um “bem” cobiçado, e deve ser tratada como tal.

Assim, o candidato, ou “consumidor” da vaga, deve ser visto como alguém de suma importância, que precisa sentir-se único e valorizado desde as primeiras etapas do processo de contratação. E é aí que as coisas se complicam um pouco para o empregador.

Mesmo que sua empresa possua um blog com postagens regulares, exponha cases de sucesso e gere conteúdos agregadores, saiba que isso não é garantia de sucesso nas contratações daqueles que no futuro serão os “advogados” e “propagandistas” da sua companhia. O motivo é: fidelizar consumidores pode ser simples, de certa maneira, se uma empresa ou marca tiver o que mostrar. Mas angariar colaboradores fiéis é tarefa que necessita de exemplos claros de por que estes deveriam estar em trabalhando no seu negócio. Possíveis empregados devem estar, acima de tudo, entusiasmados com o ambiente interno de seu provável novo local de trabalho.

E é algo difícil de fazer, expor as vantagens do seu ambiente interno, sem atravessar a tênue linha que separa uma boa apresentação de uma desastrosa revelação do modo como seu negócio funciona por dentro.

Nesse limiar é que as histórias se mostram o “curinga” da vez. Histórias são algo que evoluiu junto com a espécie humana, e servem para “guiar” pessoas desde tempos imemoriais. E têm uma vantagem imensa sobre qualquer outra forma de expor ideias: elas falam sobre vivências. Ou seja, seu blog pode publicar os melhores textos, seu canal no Youtube pode hospedar os vídeos mais criativos. Mas, pode ter certeza, quando você conta uma história (através desses meios, inclusive), está fazendo branding da melhor forma possível.

Nesse ponto do texto, talvez o leitor esteja se perguntando: ok, mas que histórias contar, e de que forma?

Bem, se me permitem, vou exemplificar com uma experiência pessoal. Em um dos primeiros textos que escrevi para este blog, falei sobre as vantagens do trabalho remoto. Pra isso, contei a história de uma conversa que tive com meu colega Omar, um cara que prefere o sistema presencial.  Foram alguns parágrafos contando a história da minha convivência com o Omar, e elencando os motivos da nossa preferência pelos métodos de trabalho que mais nos agradam.

Eu tinha um ponto, que era a defesa do paradigma de trabalho remoto, algo praticado pela companhia na qual trabalho, e meu colega também tinha o ponto dele, o trabalho presencial, modalidade que a “Viagem de Odiseo” também pratica.

Expondo a ambos, o meu post buscava contar a história da nossa relação com o trabalho, e mais profundamente, a história da nossa experiência com a empresa. Éramos dois funcionários felizes com nossos postos de trabalho, e nossos exemplos certamente serviram para que o público alvo das nossas contratações percebesse algo da filosofia corporativa na qual estávamos inseridos.

Do mesmo modo como estamos fazendo agora (ao contar a história de uma história), isso foi feito por meio de um texto, mas pode ser feito por meio de vídeos, imagens, palestras… O melhor caminho quem deve escolher é você, leitor e empregador.

Baseado nos diferenciais de sua empresa, e na sua filosofia corporativa, descubra as histórias que você pode contar. A recompensa por partilha-las será a chegada de novos colaboradores, com suas próprias histórias pra contar, e assim gerar um ciclo orgânico de fidelização e renovação que terminará por tornar sua empresa ainda mais viva.

E lembre-se: é de empresas vivas, de ecossistemas corporativos dinâmicos e interativos, que será feito o futuro dos negócios.

 


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